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Professor: você sabe o que são os Transtornos do Espectro Autista (TEA)?

Saiba como lidar com alunos que apresentem os sintomas e estimular seu aprendizado


Além  de dominar suas respectivas áreas do conhecimento e estarem sempre atualizados em relação às novas técnicas pedagógicas, uma das missões dos educadores é também lidar com as dificuldades de cada aluno e promover a inclusão dentro da sala de aula. No entanto, mais do que os problemas comuns de relacionamento ou assimilação do conhecimento, existem situações que desafiam os educadores ao máximo. É o caso dos chamados Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Os Transtornos do Espectro Autista são distúrbios neurológicos que afetam a comunicação e a socialização de pessoas em todo o mundo. Além do autismo clássico, doença que está incluída nesta categoria, há também o autismo de alto desempenho, antigamente chamado de síndrome de Asperger e Transtornos Globais do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.

Embora estejam todas classificadas no mesmo espectro, cada uma dessas doenças tem um nível de gravidade distinto. No caso do autismo clássico, os portadores apresentam muita dificuldade para se expressar, ou não falam. Costumam fazer movimentos repetitivos e evitam ao máximo o contato com outras pessoas, alguns têm, de fato, deficiências mentais. Já o autismo de alto desempenho apresenta outras características. Embora os pacientes diagnosticados também tenham alguns dos problemas do autismo clássico, são extremamente inteligentes e conseguem se comunicar com muito mais facilidade. Já as crianças que apresentam Transtornos Globais do Desenvolvimento Sem Outra Especificação costumam ter um diagnóstico tardio, já que os sintomas não se encaixam exatamente em nenhuma das categorias.

Em  geral, as crianças acabam desenvolvendo essas condições – que as acompanharão por toda a vida - até os 3 anos de idade e, a partir de então, devem receber os cuidados de uma equipe multidisciplinar, envolvendo médicos e psicólogos, além da família e, dependendo do caso, a escola. De qualquer forma, conhecer os sintomas e manifestações dos TEA é fundamental para que os alunos que sejam portadores dessas condições médicas sejam incluídos e consigam aproveitar ao máximo a experiência escolar.

Adaptar as aulas às necessidades desses estudantes é fundamental. Para ajudá-los a se preparar, é interessante disponibilizar um planejamento e um calendário com bastante antecedência e manter-se fiel a essa estrutura; fazer isso é útil, pois eles costumam ser muito ligados a regras e podem apresentar certa resistência às mudanças. Outra boa dica é disponibilizar slides e outros recursos, assim, eles podem rever o conteúdo com calma, quantas vezes for preciso. Dependendo do estudante, é possível que apresente pouca coordenação motora, por isso, escrever e prestar atenção na aula não é algo muito produtivo. Se o aluno preferir, é interessante que o autorize a gravar as aulas.

Uma  medida que pode colaborar para que esses alunos tenham um bom desempenho é oferecer um pouco mais de tempo para a realização de provas e até mesmo um ambiente separado, que não apresente distrações. Assim, eles podem se concentrar melhor.

feedback também é essencial para que eles se saiam bem. Por isso, construir uma relação de confiança com esses alunos é muito importante, sempre oferecendo ferramentas para que eles possam se aprimorar. Nesse aspecto, os pacientes de TEA costumam se dedicar muito às suas áreas de interesse específico, além de serem detalhistas e observadores. Por isso, ao notar que um aluno tenha desenvolvido uma atenção especial em relação a determinado tópico, encoraje-o a descobrir mais sobre o assunto.

Por fim, esses alunos merecem todo o respeito e a consideração da turma. Em nenhuma circunstância podem ser desrespeitados, por isso, a classe deve estar envolvida em um processo de inclusão e aceitação das diferenças. Desenvolver uma parceria com a família e a orientação educacional da escola também será muito eficaz para acompanhar o progresso desses estudantes e, consequentemente, tornar o ambiente acadêmico mais positivo para todos.

Fonte: Universia Brasil

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